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Eu sou o silêncio e ao mesmo tempo sou uma fanfarra.
Eu sou o medo e a coragem,
A angústia e a certeza.
Eu sou a felicidade bem como a tristeza,
Sou o querer e a falta de vontade.
Eu sou a raiva que grita sem parar, que quebra o que vem pela frente,
Mas sou também o amor que concerta, conforta que acalma.
Eu sou a paz, mas muitas vezes sou o ódio também.
Posso ser o egoísmo, mas tenho certeza que sou também a caridade.
Assim como também posso ser a compaixão, ou a indiferença.
Sou toda a liberdade, mas sou todas as correntes e algemas.
Sou todo conhecimento, e toda a falta dele.
Às vezes sou toda a solidão, mas às vezes sou toda presença.
Sou todo respeito, mesmo sendo todo deboche.
Sou a mistura de sentimentos e razão,
Sou o nada, sou uma confusão, sou uma procura sem fim.
Se alguém sabe o que realmente é, que seja muito feliz.
Pois minha felicidade é saber que não sei que sou por inteiro,
E ter que descobrir um pouco de mim todos os dias.